E agora???
Depois de meses de planejamento e expectativas, a viagem para NY chegou e passou mais rápido do que deveria. Nos seis dias que passei por lá, (quase) consegui me desligar das preocupações da minha vida real. O “quase” se deve ao fato de, lá pelo terceiro dia, enquanto jantava com minha família, lembrei que toda aquela empolgação e animação que estava sentido eram temporárias e tinham prazo certo para acabar, no caso, dia 16/03 quando voltaria para o Brasil.
Se você está indignado porque eu me deixei contaminar por esse tipo de pensamento depressivo, nem perca seu tempo. Também fico puto comigo mesmo, mas não consigo evitar.
Felizmente, os dias restantes foram tão agitados que não voltei a ter tais pensamentos. Até mesmo quando voltava para o hotel e me deitava na cama, minhas aflições nem deram as caras.
Passados quase cinco dias da minha volta, estou realmente incomodado. Estou tão preocupado com o meu futuro quanto antes, mas agora sinto também raiva, muita raiva. Correndo o risco de soar repetitivo e emo (ainda existe isso?) odeio o fato de ter feito direito, odeio não ter tido coragem de trancar a faculdade quando deveria, odeio que o Brasil seja um país de merda e que na minha profissão a única chance de se ter um salário decente seja prestando uma porra de concurso público.
Pronto falei!
Passei seis anos na faculdade estudando coisas que, se pudesse, jamais voltaria a vê-las, mas agora sou obrigado a enfrentá-las novamente. Será que consigo passar em um concurso público? Juro que não sei, Já passei por diversas fases (duvidoso, esperançoso, pessimista e realista) e agora estou é puto mesmo.
Insatisfações a parte, tenho que colocar essa raiva de lado e ver o que posso fazer daqui para frente. A coisa mais sensate a se fazer seria estudar e estudar, mas isso é complicado quando se deve decorar as diferenças entre um extintor de incêndio de água pressurizada e outro de pó químico….
