sábado, 15 de março de 2008

O Orfanato


Gosto de filmes de terror/suspense. Gosto principalmente quando eles me fazem pular da cadeira ou me obrigam a ficar com a mão na boca para garantir que dali não saia qualquer forma de grito. Gosto ainda mais quando o susto vem daquilo que vejo na tela e não fruto de uma caixa de som THX com o volume no máximo. Apesar de esse gênero andar meio enfraquecido com as babaquices vindas do Japão e refilmadas por Hollywood (uma exceção é O CHAMADO), ainda dou a minha cara a tapa para poder conferir as novidades.
Após convidar diversas pessoas para me acompanharem até o cinema e assistirmos “O Orfanato” e não tendo obtido êxito em qualquer um dos convites, acabei baixando o filme e vendo pelo computador mesmo.
Uma rápida sinopse:

Laura é uma mulher que regressa com sua família ao orfanato onde cresceu. O local desperta a imaginação de seu filho, que começa a se deixar levar por jogos de fantasia cada vez mais intensos. Estes acontecimentos vão inquietando Laura a tal ponto, que chega a pensar que algo na casa está ameaçando sua família. A escalada de acontecimentos ainda mais perturbadores fará com que ela procure a ajuda de parapsicólogos.

E é só isso que se deve saber do filme. Quer saber mais? Pois o assista.
O filme é muito bom e me surpreendi por descobrir que não se trata de terror, mas de um drama sobrenatural. OK, confesso que em alguns momentos o filme é bem tenso, mas essa tensão é apenas um de seus componentes.
O diretor Juan Antonio Bayonna impressiona por utilizar muito pouco os velhos clichês do gênero. Nada de gatos pretos pulando no personagem principal ou de câmeras que retratem o movimento de alguém se esgueirando pelos cantos. Uma única vez é que algo passa rapidamente pela tela e mesmo assim, o som não é elevado gratuitamente para que nos assuste.
Para mim, três cenas foram muito tensas. Uma é a já famosa cena em que parapsicólogos fazem um tour pela casa. Outra, que não descreverei, assusta justamente por ser tão viva e sem sombras que atenuem o que estamos vendo. A última e a mais sinistra envolve uma brincadeira infantil nada divertida.
Como já disse, os sustos aqui não são a peça central, mas quando ocorrem, conseguem o seu objetivo.
Recomendo o filme.

1 comentários:

carol 15 de março de 2008 às 11:35  

MEDO desse garoto com essa máscara horrorosa.