sexta-feira, 11 de abril de 2008

Caso Isabella


Tô impressionado com o destaque que estão dando ao caso da menina Isabella. Como disse a Carol: "Ela é a nossa Madelleine". Acho que a polícia deve se empenhar com afinco para que o assassino seja descoberto, mas o circo que toda essa história se tornou é lamentável. Não sei se o pai e a madrasta de Isabella são culpados, aliás, ninguém sabe ainda. Eles foram presos TEMPORARIAMENTE, ou seja, não foram condenados e nem ao menos indiciados. Por enquanto são suspeitos.

Hoje, pela manhã, ao casal foi concedida liberdade para que acompanhassem as investigações fora da prisão. Na saída deles da delegacia o que aconteceu? Além da multidão de fotógrafos e jornalistas, uma multidão de desocupados os vaiava gritando por justiça e os chamando de assassinos.

CARALHO! Eles até podem ser culpados do crime, mas até agora não estão sendo nem processados. O povo brasileiro, sábio como só ele, já os está condenado a uma pena de suspeita para o resto da vida. Digamos que venha o casal a não ser processado, vocês realmente acham que tudo vai continuar como se nada tivesse acontecido? É ruim ein....

É preciso esperar para que palavras como "assassino" possam ser dirigidas a qualquer pessoa. Por mais lento e falho que seja, o Poder Judiciário é quem decidirá se poderemos ou não chamá-los de assassinos ou coitados.

***

Vou fazer um comentário que muito talvez não gostem, mas tenho que falar. Em toda essa história a pessoa que mais me incomoda é a mãe da Isabella. Eu assisti diversas entrevistas dela e ouvi depoimentos. Em nenhum ocasião ela chorou. Aí vão dizer: "Mas é que ela tá entupida de remédio." Pode ser, me desculpe então se for esse o caso. Mas acrescente à falta de emoção o fato dessa mãe estar a apenas 1 km do edifício onde ocorreu o acidente e também dela ter chegado tão rápido (EI, É SÃO PAULO) ao local a ponto de ver a filha ainda no chão. Muito estranho isso. Sem contar que foram os depoimentos dela que serviram para que fosse decretada a prisão temporária do casal. Mais uma vez, muito estranho...

2 comentários:

Suzana 12 de abril de 2008 às 08:34  

eu concordo total com vc, Dani... não com a parte da mãe da menina, até porque eu não tenho dado muita atenção às notícias sobre ela, mas sobre o pai e a madrasta.

as pessoas já caem de pau em cima dos suspeitos. são suspeitos, tem que investigar, mas não dá pra esquecer que é uma hipótese. eu sempre penso isso, quando acontece um caso polêmico tipo esse e ficam malhando muito alguém na mídia. tipo, e se os dois forem inocentes? a mídia vai pedir perdão pela fuzarca que tá aprontando pra incriminá-los antes de se ter certeza de qq coisa? vão fazer passeata até o apartamento deles pra pedir perdão?

é ruim, hein. mesmo que sejam inocentados, a vida deles acabou aqui. na boa, mudava de país por muito menos.

carol 12 de abril de 2008 às 15:39  

'Alguém ainda se lembra de Daniele Toledo do Prado, 21 anos, a mulher que foi detida pela acusação de ter matado seu bebê com uma overdose de cocaína, passou 37 dias na cadeia, foi espancada pelas presidiárias, teve o maxilar quebrado e quase morreu na prisão? Pois bem, o laudo definitivo constatou que não havia cocaína no organismo de sua filha. E Daniele, que ganhou a alcunha de "monstro da mamadeira", era, vejam só vocês, inocente. Saldo dessa história: Daniele perdeu seu bebê, foi vilipendiada publicamente, quase foi linchada e só pôde visitar o túmulo de sua filha dois meses depois de vê-la morrer.'

Ainda tem esse texto aqui, ó: http://www.guilhermefiuza.com.br/?p=20

Morro de raiva dessa imprensa espírito de porco. E se vir Sônia Abrão na rua, dou uma voadora na cara.